sexta-feira, 4 de maio de 2012

Coisas Do Pantano.

Se tem uma coisa que os paulistas sacam tanto quanto fazer dinheiro, é tirar o maximo de cada droga que usam. Ontem eu estava trocando comedias e fluidos ilusorios com uma futura transa adolescnte e sado masoquista pelo celular quando brota do teto um conhecido me oferecendo maconha para curtir com ele num posto de onibus tao exposto como minhas bolas em casa de swing. Fui, sem cortar o papo com a garota ronronante. O carinha desbolotou, passou a goma e enrolou a seda cirurgicamente. Coisas assim me impressionam porque se tratando de coordenaçao motora nunca estive muito acima de doentes avançados com mal de Parkinson. Que beck bem feito. Simetrico e industrial. Quarto dan. No minimo. Ele fuma, eu fumo e sou advertido: jogue pro pulmao e puxe o ar depois. Sim sensei. Imito a tecnica e a fumaça nao sai, tipo, some. A magia verde assimilada por alveolos pulmonares incredulos. Giroflex vindo e nos afastamos. Isso no Rio criaria panico nas pernas da maioria. So quem ja tomou dura entende. Giroflex indo e mais dois tapas na obra de arte. A brisa passa uma cantada maliciosa no meu cortex. É o sinal para ir embora. Vai bater e vou cair. Bom pra caralho mas vou cair. Parti. O telefone ainda mantendo a ponte e perguntas molhando a escada. Palavras tateis ganhando peso e contornos coloridos, pensamentos em fractais e ebuliçao THC. Essa sigla tem mais poder real que a trindade castra sonhos e acabei de vestir outro angulo da sua paleta. Na vibe tudo é maná. Mordi e engoli dedos finos, umbigos, ombros, cicatrizes e vinte e sete de Julho num pacote translucido. Me tranquei numa camara de imersao fechada com cadeados de certezas ululantes. Dormi sobre camadas e camadas de epifanias.

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