terça-feira, 31 de julho de 2012

Nihil.

Geralmente so saio do quarto por que tenho que conseguir dinheiro para comer. Por mim, nao sairia. Quase todas as pessoas, se nao me irritam com opinioes rasteiras, me causam tedio. Com poucas frases um idiota qualquer ja pode fazer a minha pele coçar ate rachar. Conforto é na cabeça. Tem um cara, provavelmente meu melhor amigo, que nao trepa faz uns quinze anos. No minimo. Ele é gordo, barbudo e doentiamente branco. Escolheu assim pelo mesmo motivo que eu. Nao vale o esforço. Nada vale. Niilismo nao é uma merda, merda é nao ter a coragem ou estar preparado pra desistir. Se eu tivesse grana como ele passaria a vida me drogando, jogando o video game mais foda do momento e me masturbando. Talvez comprasse uma gata angorá e mandaria castra la. Gatas castradas me acalmam e as angorás sao realmente lindas.  Outra opçao é o suicidio. Chego perto de ter ataques epilépticos  quando escuto que o dificil é viver e que a morte é uma saida facil. Me contenho para nao rasgar com abridor de latas a cara dos palhaços que dizem isso. O ato de tirar a propria vida é para os realmente grandes. Tu tem que ter bolas. Bolas gigantes e peludas. Excluo completamente babacas religiosos que se matam pensando em paraiso e virgens. Os bons se matam porque entenderam que o jogo perdeu a graça e decidem sair de cena. Eu, por enquanto, vou lavando o chao com porra e palavras inuteis. Preciso me esvaziar mais.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Elas.

Elas eram lindas. Plasticas e loiras. Limpas e ricas. Modelos ou filhas de grandes empresarios paulistas. Passando por mim e eu era o ponto de interrogaçao no paraiso. 500$ para entrar. A grande esperança de me purificar do povo e das ruas inevitaveis estava ali. Nao aguentei sessenta minutos. Subi pela Augusta com cheiro de perfume fino na roupa. Senti nojo de mim. Andava e ficavam pedaços de pele. Encontrei a salvaçao numa esquina, inclinada na janela de um quem sabe cliente. O carro foi e eu fiquei. A mosca e o açougue sujo. O silicone deformou seu rosto. A maconha estufou sua barriga. A cocaina fazia seu nariz escorrer. Eu nao me sentia melhor com ela mas precisava me deitar numa banheira de acido.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Plastico.

Nao nos tocamos mais. As vezes lembramos de sons, cheiros ou gostos.  A ultima vez que realmente senti algo foi em um sonho. Parece estranho mas durante os sonhos as cores sao fortes, exageradas e tangiveis. Preciso de morphina para respirar. Posso dormir em qualquer cama. Posso comer em qualquer chao.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Sim.

Chega um ponto em que se auto destruir cansa e te aborrece tanto quanto tudo. Sei que agora estou maduro emocionalmente para matar alguem. Me sinto incompleto. Humanamente incompleto. Nao é por odio ou raiva do mundo. Isso é para os psicoticos. Quero saber como é tirar uma vida, sem pretextos de honra, moral, dever ou as desculpas basicas usadas para encobrir o medo. Passo por possibilidades nas ruas. Nos bares. Nas baladas. Puteiros e escritorios. Geladeira cheia. Quem escolher? Quando? Vou respeitar meu tempo. Sem pressa. Sem pressa.

sábado, 7 de julho de 2012

Ar.

Eu conversava com Daniel quando ela gritou da escada que pegaria meu dinheiro, me xingou de novo e correu para nosso antigo quarto. Sabia que daria merda. Sempre dava e ela gostava. Pedia desculpa, ficava excitava e ganhava seu sexo. Pedi ajuda ao zelador e fui tentar minimizar a possibilidade deu ser mandado pra cadeia por assassinato. Eu ainda a amava mas naquele momento festejaria sua morte. Estava doente do seu ciume, das suas tentativas de me controlar enquanto se esfregava com as pernas abertas em postes por universitarios e advogados. Pegou minha mochila e berrava que o que eu tinha era dela, que aquele quarto tambem era dela e que eu era o maior filho da puta que havia conhecido. Encontrou a grana numa gaveta. Panico, odio e cegueira. As notas de 50$ em suas maos e os palavroes na sua boca. Os moradores da pensao ouviam e se encolhiam. Vergonha. Ela havia se mudado para o quarto do amante ha uma semana e mesmo assim atirava na minha cara: esse quarto tambem é meu! Meu! Meu! Chega. Segurei seus braços e caimos na cama. Abracei a. Dificil definir aquele momento. Eu nao era um, era a pele na pele pedindo calor e o desprezo que sente quem ve as cenas da traiçao que sofreu serem exibidas num estadio lotado. Ela se debatia sem controle e eu tinha certeza que seria nosso ultimo abraço. Me lembro dos chutes que levei. Me lembro do sangue escorrendo da minha canela que nao queria se defender. Me lembro do alivio que so vem quando voce sai de baixo de toneladas de lama e dias desperdiçados.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Primeira.

Havia uma loira fantastica pelo centro de Campos que diziam ser operada e eu nunca havia metido num cu, ainda mais cu de homem. Querendo ou nao, tecnicamente, traveco é homem. Marquei com  um amigo mas ele furou. Coisa comum naquela epoca. Fiquei puto. Coisa comum ate hoje. Peguei onibus e parei por la. Perguntei ao vigia sobre a figura. Vi nao. Ninguem por perto alem duma trava maior que eu, negra, bundao e feia pra caralho. Alem de ter voz mais grave que a minha, o que nao é grande dificuldade encontrar, mas humilha mesmo assim. Tu viu uma loira linda e operada fazendo programa por aqui? Menino, ela nao é operada. Nao teria dinheiro pra operar. Ela é pobre. Po-bre! Mas voce é bonitinho sabia? Nao quer se divertir comigo?? Nao. Me afastei, rodei e rodei e cansei de procurar. A trava gigante me chama de longe e eu, com raiva e tesao, me aproximo. Ela passa sua mao enorme e aspera sobre a minha calça. Cresceu. Por que? Tesao por situaçoes novas, mesmo que desagradaveis, é a melhor resposta. Quer ir ali comigo? Ok. Bora la. Onde é que é? A gente pode se conhecer na entrada do hotel que to ficando. Ao lado da escada, muito escuro para ver com muita clareza mas o suficiente para entender tudo. Botou as tetas pra fora. Eram  furunculos negros com cicatrizes fortes ao redor. Alguma cirurgia de quintal ou marca de ritual para religiao com galinhas. Chupa meu peitinho. Recuei a cabeça. Pensei em vomitar. Ela viu minha disposiçao e parou com a ideia. Foi abaixando no escuro e me chupou. Olha, o primeiro boquete que voce ganha de um homem nao da para esquecer. Nao da para nao comparar com o de uma mulher. É bem acima da media de qualquer boceta. Ela levantou e eu disse: vira ae, quero meter. Instinto é foda. Maior escuro, bunda preta e cu invisivel mas foi direitinho. Deu para escutar a resistencia da merda e aquele podre subindo. O vomito chegou na garganta e engoli. Fodi no inferno. Gozei num morto.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Niteroi.

So o que vem de mais, sobrando, transbordando num exagero capaz de me fazer querer dormir por dias seguidos vem me interessando. Nao sei se isso tem volta. Creio que nao. Talvez quando eu estiver morrendo e me sentindo comum nivel funcionario publico. Bocetas. Esses mini monstros cuspidos por Lovercraft tomam 40% de tudo o que eu penso des dos 14 anos de idade. Flutuam antre nuvens e descem para me abduzir. Correm entre carros gritando meu nome. Qualquer prato que como tem um leve gosto ou cheiro de boceta. Um dos meus maiores sonhos é derrapar por um tobogan boceta me molhando e se der ate me afogando. Era tarde cheia de sol e minha vontade era basica. Alguma grana no bolso e vou procurar mel. Um apezinho feio, escuro, cheirando mal e com garotas semi nuas por preços sorridentes. A primeira chega perto e tenta se vender. Olho praquela bunda grande e bem feita. O cerebro para. O pau cresce. MAIS! MAIS! MAIS! Voce curte mulher? Sim. Tem alguma amiga aqui que tambem curta? Sim. Aquela ali. Quer que eu chame? Num quarto minusculo, sobre uma cama ainda menor, a grande bunda redonda masturbava a pequena bunda empinada e eu me masturbava olhando. Abri duas pernas e Cthulhu apareceu pra mim. Mergulhei e nadei no aroma. Chupava e era chupado. Chupava e fodia. Fodia e tomava tapa na cara. Meti a lingua no cu da menor procurando entrar em alguma cidade perdida, esqueci de respirar e quase apaguei. Suor. Dos tres. O tempo combinado passou mas elas nao paravam. Pouca gente sabe foder. Elas sabiam.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Base Jump.

Crianças fumando. Meninas de 12 anos com saias na metade da bunda em formaçao. Deliciosas jovens bundas em formaçao e o chinelo velho fodendo tudo. Em baladas é imperdoavel. É pobre? Desculpa de merda. Entao nao va, fique no barraco fazendo as unhas. A decoraçao suja que nao devia estar la. Funk corroendo meus timpanos e tedio. Era para ser mais podre, com bundas cariocas engolindo todos os objetos levemente cilindricos. Que nada. Casais e chapadas quicando no nada que deveria ser pau. Ali, fingindo nao me olhar, uma garota esbelta, mas agradavel de ver. Mulher mesmo, do tipo sem pica. Cada vez que a musica gritava algo como "na buceta" ou "enterra nela", maos para cima na animaçao de quem espera foda. Encostei por tras e dancei com ela praticamente no meu colo. Morro song é pra isso. Ritual pré gozo. Saimos do baile na procura de sombras discretas. Ou nem tanto. Paramos na praça cheia de gente ao som de forro. Nao tava dando, os dois queriam meter. Outro canto e pau pra fora. Ela me conta que a milicia local, se soubesse do nosso nivel de despreendimento moral, mandaria que me tirassem da favela, devidamente ensanguentado. Deu mais tesao. E eu tinha compulsivamente que ver aquela boceta. Toca la e, se possivel, lambe la. Quando voce mora em Sao Paulo acaba se assustando com a grande quantidade de pelos daquelas mulheres. A maioria parece nunca ter descoberto a depilaçao. Mas as cariocas sim. Podem ter o comportamento mais tosco do Brasil, mas sacam de putaria. Abriu a calça e fez um pouco da minha alegria. Hora de avançar. Nao ali. Partimos para a casa dela. Tio bloquendo a possibilidade de entrarmos. Subimos pro telhado e ela sentou sobre a tampa da caixa dagua. Sem boquete, puxo sua calcinha e pau dentro. Se alguem tocava uma, nos vendo da janela do sobrado vizinho ou mesmo da rua, isso nao tinha mais a menor importancia pra gente.