domingo, 12 de maio de 2013
Insight Branco.
Uma pequena bolha de ar num balao de agua é como um ponto cego inevitavel. É ali que voce mente pra si mesmo porque desmanchar esse nó pode desmontar quem voce é. Nos ultimos meses venho cavando atras de memorias no escuro e ontem destranquei algumas portas. Um museu de formigas em cera. Ninguem gosta de insetos e por isso meu museu nao passava de excentricidade dum garoto criativo. Sem problemas e por isso as imagens sao tao limpas e outras nem tanto. Minha avo tinha uma cachorra chamada Babi. Adorava quando vinham os filhotes. Havia um bege, meu preferido, que peguei para brincar de cão voador. Tipo super cão. Saia com ele levantado pelos meus braços e da minha boca saia o som de um jato. Nao era real o bastante. Nao me passava a emoçao que eu esperava ter. Ele tinha que voar de verdade e foi o que fiz. Jogava o pelos ares e via sua aterrissagem no cimento. Bola fofa em chao duro. De novo. De novo. A noite minha mae me diz que o filhote estava morto na garagem. Provavelmente por ter lambido uma castanha de caju esmagada que estava la. Por mais que eu tente nao consigo me lembrar do filhote morto ou dele lambendo a castanha que eu esmaguei com um botijao vazio de gaz. Em outra epoca formei um grupo de amigos para andarmos de bicicleta. Eu estava em pe ao lado de Carlos Henrique, que estava sentado na bicicleta.Quando vi que ele ia arrancar com ela coloquei imediatamente um cabo de vassoura que eu usava como espada entre a roda dianteira. Ele caiu e por ser gordo, caiu com força. A unica razao deu ter feito isso foi querer ver o impacto e suas possibilidades. Paulo Victor, o irmao, estava ao nosso lado e me repreendeu bastante, tornando o prazer da experiencia invalido. Retirei o travesseiro da minha avo no momento em que ela deitava no braço duro do sofa. Ela chorou de dor. Gritos da minha mae. Antonio dava pequenos pulos na calçada brincando comigo. Num desses pulos, no segundo em que ele estava flutuando, com um pe tirei seu equilibrio e o corpo magro bateu sem defesa. Numa das aulas de Kung fu num treino leve fiz o Diogo enfiar a cabeça na raspa de pneu. Fui repreendido. Quando envenenei o cao do vizinho escutei no maximo ameaças inseguras. O carro que incendiei dentro do estacionamento da igreja evangelica e o cao do vizinho foram ate agora foi as unicas experiencias desse tipo que me deram satisfaçao e apenas porque consegui driblar a puniçao. O proximo passo virou uma imposiçao. Odeio imposiçoes, mas se ao menos diminuir a minha insonia sera otimo.
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