segunda-feira, 26 de março de 2012

Ali Mesmo.

As portas fechadas e as respiraçoes pesadas de homens velhos e cansados de nao terem nada. Mas acordados, nao reclamam. Ao menos um pouco de dignidade. Quando voce divide o quarto com tres estranhos, nao transa ha duas semanas e ve o futuro como um freezer sexual, bate um certo desespero. Eu quero meter. Quero tirar o peso extra das minhas bolas so que ter nojo do mundo sempre foi um galho de espinhos enterrado bem fundo. Nao melhora. Nao piora. Apenas esta lá, incomodando. Chega de putas mal depiladas cobrando por bocetas estereis ou telefonemas para arvores que cairam ha cento e cinquenta estados de distancia. Tenho que gozar mas nao em carne quente. To na cozinha, emoldurado por mofo, armarios trancados e baratas. Para a praticidade da casa a dona da pensao plantou uma lixeira azul perto da pia. Ate fechada ela fede. Tirei a tampa. Vi comida podre e embalagens de plastico rasgadas.  Boto o pau pra fora e começo. Imagens ideais de bundas impessoais e cus assépticos. Bocas de saliva adstringente e halitos de oxycoda. Alguem pode entrar pela porta. Nao ligo. Ta aberta mesmo e o tesao arrancou pedaços da vergonha. Vai sair. A porra. E sera grossa e em varios jorros.  O lugar perfeito. Vou explodir. Gemidos solitarios. Convulsoes  de semi paraisos sob controle. Cinzas de cigarro cobertas pelo meu alivio.

Um comentário:

  1. Delícia cara...imagino a cena!!! Porraaaaa!!!! Foda!!! Instigante o tesão q explode!!!

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