sábado, 8 de fevereiro de 2014
Medicine.
Aos quinze anos desci uma ladeira na minha bicicleta. Tinha tirado os freios. Abri a cara numa parede no fim dessa ladeira. E me inclinei pra pegar velocidade. Tava com tedio. Qualquer coisa é melhor que tedio. Se voce nao entende isso entao nunca vou te ver como um igual, por mais bonito, inteligente ou culto que seja. É uma merda quando nao é incrivel. Aí tu me chama pra parar num bar ou assistir um jogo ou perder mais de uma hora e meia pra comer alguem ou curtir um churras com seus amigos bebedores de mijo em lata. O tedio é uma bomba pulsando presa dentro do cranio pedindo agua fria, adrenalina ou outras drogas. Noite de sabado e crianças brincam de carrossel com carros bebados atropelando e atropelando e atropelando fatias gordurosas de tempo porque eles nao conhecem o tedio. Me tranquei no quarto pra fumar meu resto de DMT, voei entre mangás e psicoses niponicas em tons de vermelho, roxo e azul e tanto pra ver num redemoinho de insanidades deliciosas e luzes anti fotofobia. Ali nao existe tedio. Vamos foder e tomar nossos remedios. O amanha é so uma invençao politica.
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