Quero sentir toda dor que não me mate mas que talvez me aleije se isso for o suficiente pra me retalhar em carne mais que humana e
imprestavel pra nao responder ao bom dia
esfacelado dos sem sonho. Vou trabalhar na minha maior unha pra que ela fique
fina e cortante roçando a retina que engoliu mais verdades plasticas nos dias
de comemoraçao popular nos gritos de gol, nos gritos de eu te amo embrulhados em
mídia e nos gozos em litros expulsos educadamente no horario nobre. Até la vou me alimentando de cuspes alheios e
aguas paradas de estradas perdidas. Lerei os piores sublimes textos nas bolhas
vermelhas formadas entre dedos de pés rachados delirantes na contagem quebrada
pro tiro que vomitará liberdade.
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