quarta-feira, 5 de março de 2014

Vibes.

Procuravamos um local pra gastar e a indicaçao foi a lagoa num ponto que ela curtia com a familia quando criança. Eu nao queria foder mas queria ver sexo. Marroquino tinha tesao pela garota e eu ja havia comido na semana anterior. Uma boa foda deve ser dividida com amigos. Ainda na estrada fumamos um. Eles se acalmam enquanto em mim chove sinestesia. Chegamos. Michele, Marrocos e Azeredo dropam metilona. Continuo na erva. Quero assistir mas de pau duro. Trago de novo e quase passo do ideal. To sentado na pedra e eles se afastam. Estao felizes e cantam na agua. Me cerco de imobilidade e entendo a morte num quadro mudo e muito bonito. A paz é seca. Eles voltam e suas vozes me incomodam. Saio de perto. Minha vibe de maconha é um trabalho solo. Michele fica na ponta ao lado de Marrocos pra se pegarem vendo a lua. Azeredo filosofa pra quem quiser ouvir e se move como um monge em transe. Deito, me sinto vazio e molho a boca. Vejo a garota hippie virar mancha enquanto desce a cabeça pra chupar a mancha Marroquino. Azeredo pede que apertem seu braço mas o casal segue caminhos proprios. Levanto e pergunto: Ta com isqueiro? Queimo seus antebraços e cheiro pele queimada.  

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